Parcelas | Total | |
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1 x | de R$90,00 sem juros | R$90,00 |
O rock brasileiro atual, em sua grande maioria, anda discutível. Além de o gênero ter perdido o protagonismo como música da juventude, perdeu também qualidade entre os seus mais conhecidos representantes. Enquanto uma parcela vive com as mesmas bandas de sempre _ Paralamas, Barão e afins -, outros tentam emergir com um trabalho legal mas que não chega até os ouvidos das pessoas. A facilidade de acesso através dos serviços de streaming parece estar produzindo uma geração de ouvintes preguiçosos e que, sem um canal de difusão para sons interessantes (papel que era cumprido pelas boas rádios há alguns anos atrás), navega perdido em um mar de sons. É claro que existem boas bandas fazendo bons discos agora mesmo (e elas sempre existirão), e muitas delas estamos falando aqui mesmo no site, mas esse som não vai além do que uma parcela reduzida de ouvintes, infelizmente.
O lance de Gerson Werlang é o rock progressivo. Vindo de Santa Maria, integrou durante quase trinta anos o Poços & Nuvens, banda que conseguiu um certo destaque internacional no início dos anos 2000. Em Sistema Solar, Gerson entrega um trabalho diferenciado, musicalmente lindo e que vai muito além do que encontramos na cena brasileira. Trata-se de um disco com sonoridade clássica, influenciado simultaneamente por nomes como Yes e por referências nacionais e regionais, como a cena vinda do Rio Grande do Sul. Assim como as passagens instrumentais trazem à mente lembranças dos gentis gigantes do prog inglês, as harmonias acústicas mostram que Werlang bebeu da mesma inspiração que Vitor Ramil, por exemplo.