O compositor, pianista e produtor brasileiro Mário Castro Neves e seu grupo, Samba S. A., transbordam classe no seu álbum autointitulado de 1967. Possui aquele som arquetípico de bossa nova, jazz e samba dos anos 60. Colocaríamos ele lá em cima, com Sergio Mendes no seu auge, Tambo Trio ou Milton Banana. É um passeio alegre e fresco que às vezes conversa com easy-listenning, mas mantém tudo unido com uma certa garra.
Os vocais de Biba e Thaís Do Amaral são certeiros, com uma entrega descontraída que complementa as faixas com a beleza sublime dos grupos vocais como Quarteto Em Cy, com quem Biba também cantou, assim também com Antonio Adolfo e A Brazuca. Também presente no elenco é o extraordinário baixista Novelli que trabalhou com Milton Nascimento, Nelson Angelo E Joyce, Airto e muitos dos grandes nomes da música brasileira da época.
O álbum tem sido um dos favoritos de DJs e colecionadores ao longo dos anos, com músicas selecionadas para compilações de Gilles Peterson e Nicola Conte. Uma das peças centrais do álbum, 'Candomblé', foi sampleada por Cut Chemist em sua faixa 'Povo De Santo'. A música 'Naña' é forte e leve, com apelo de jazz-dance. O glorioso 'Vem Balançar' é um brilhante embaralhador de bossa. Uma audição excelente do começo ao fim, o álbum segue uma estrutura, mas entrega muito bem.
Embora lançados pela grande gravadora RCA Victor, as cópias originais são itens raros e cobiçados, com o preço correspondente.
A1 Candomblé
A2 Yearning Lovers
A3 Nanã
A4 De Brincadeira
A5 Bye Bye Blackbird
A6 E Nada Mais
B1 Keep Talking
B2 Vem Balançar
B3 Once More
B4 Morte De Um Deus De Sal
B5 Tá Por Fora
B6 Corcovado
Sem Encarte, Capa VG, Disco VG+ (Algumas marcas superficiais que não comprometem o som)
